O mapa no seu logo está de cabeça pra baixo? Como assim?!
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Tenho pensando em fazer um logotipo já faz algum tempo, mas vinha adiando. Semana passada pensei seriamente nisso e decidi contratar um profissional pra realizar o trabalho. Passei alguns dias pensando e juntei alguns elementos que fazem parte da minha identidade para compor meu logo
Muitos dos padrões que nos são impostos são desnecessários, irrelevantes e dogmáticos. Entre esses padrões eu cito a forma de nos localizar. Porque devemos seguir o norte para orientação? Quem disse que essa é a forma correta? Os europeus? Esse é um conceito e uma regra prática relativa a espaço que nos foi imposta e aceita sem nenhuma contextualização para nossos lugares de vida.
Desde os tempos imemoriais, nossa gente (moradores do Hemisfério Sul), seguiu a direção a partir de constelações típicas do hemisfério sul, como as da Ema, do Homem Velho e do Veado, na qual fica o Cruzeiro do Sul, já que a estrela Polar não pode ser vista do hemisfério Sul. Olhar desde o sul, então, é nosso destino geograficamente determinado.
Nessa perspectiva, o físico brasileiro Marcio D’Olne Campos, usou o termo sulear pela primeira vez na década de 90. Logo depois o termo foi difundido no campo educacional por Paulo Freire. Mas anterior a isso, em 1943, o uruguaio Joaquín Torres García propôs uma metáfora, que antecipava a perspectiva do suleamento, desenhando o mapa da América de cabeça para baixo, mostrando o mundo de outra perspectiva.
“Nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, para nós, senão por oposição ao nosso Sul. Por isso agora pomos o mapa ao revés, e então já temos a exata ideia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América, desde agora, prolongando-se, assinala insistentemente o Sul, nosso Norte”, escreveu Torres García.
E é essa linha de pensamento que eu segui ao pensar na minha logo. Inclusive me baseie na imagem original de Torres García, de 1943.
Eu, mulher, latino-americana, geógrafa, professora, condutora local e desbravadora do mundo (até onde eu conseguir ir), busco mostrar, da minha maneira e dentro das minhas possibilidades, que a valorização da nossa cultura é fundamental em um mundo onde só querem nos ‘homogeneizar’.
Seguindo a proposta desses intelectuais: não queremos fazer com que os do sul se tornem os detentores do poder no continente, mas sim passar a olhar pra nós mesmos, de forma diferente. Ocupando uma nova posição no mundo, um lugar de destaque. Onde tudo que é nosso, que vem do Sul, passa a ser o nosso norte.
Quero conhecer novos caminhos, novas culturas e novos destinos, viver nesse ciclo de ensino e aprendizagem diário.
VAMOS NESSA?
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Rayane é a melhor guia da região.
ResponderExcluirSuper recomendo!!!
😍😍😍
ResponderExcluir⭐⭐⭐⭐⭐
ResponderExcluirDemonstrou muito conhecimento. Recomendo!